III. Efeito Multiplicador (verso 3a): “É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião”.
A unidade é divina. Ela não é proveniente de homens (embora devamos buscar a sua vida em nosso meio), mas tem sua origem em Deus. O orvalho vem do alto para baixo. Vem do céu em direção à terra. A unidade, da mesma maneira, vem de Deus em direção as nossas vidas e à Igreja.
A região do Hermom é uma região muito fértil e rica em vegetação. Os estudiosos dizem que realmente desce uma camada de orvalho do monte Hermom, levada pelo vento e rega toda a região ao redor. É claro que a descrição do orvalho alcançando os montes de Sião (Jerusalém) é uma hipérbole, um exagero, pois Jerusalém dista muito do Hermom, mas a razão do autor aqui é descrever o ponto de prosperidade e fertilidade que o orvalho causava, pois na Bíblia o orvalho é um símbolo de prosperidade e fertilidade (Gn. 27:28; Zc. 8:12). E tal é o poder deste símbolo que o diabo tentou desvirtuá-lo para ser parte do culto de adoração a Baal que, acreditava-se, era responsável por toda a fertilidade e prosperidade na terra, razão de Deus, no tempo de Elias, ter deflagrado uma seca de três anos e meio para deste modo, através de uma profecia de Elias expor o falso deus da fertilidade.
O que isto representa para nós hoje, como Igreja, é que, além de todo o aspecto de prosperidade material e fertilidade (em todas as áreas) que a unidade libera, que podemos ver claramente no início da igreja quando repartiam os seus bens e ninguém dentre eles passava por necessidade (At. 4:34,35), Deus, através da unidade, faz com que aconteça conversões e multidões se acheguem a Deus (Atos 2:44-47). Isto faz com que ocorra um verdadeiro movimento de crescimento eclesiástico em quantidade de pessoas, que se destaca por serem pessoas no vigor da sua força, com desejo de se apresentar diante de Deus de modo voluntário, com trajes de adoração, no momento do primeiro vislumbrar de luz (disponibilidade) (Sl. 110:3).
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